terça-feira, 20 de julho de 2010

Felizes 365 dias do amigo.

Não gosto de muitas pessoas. Não gosto de intimidade demais com gente que não conheço. Tolero tudo, menos falsidade. Não suporto quem se faz de santo, de bonzinho para parecer amigo. Falsidade é como cheiro ruim, a gente sente antes de dobrar a esquina. Queria gostar das coisas que todo mundo gosta só para poder me divertir um pouco mais. Mas não consigo. Dá uma agonia tremenda estar em um lugar que não me agrada, com pessoas sem nenhuma afinidade, só pra satisfazer o social. Também odeio quem julga e critica. Esse geralmente faz pior do que o alvo da crítica. Conviver com pessoas assim tem sido um dos meus maiores desafios. Manter uma conversa decente então, sem soltar uma alfinetada é um exercício constante. Sinto saudade dos amigos de verdade. Alguns estão por perto, outros nem tanto. Alguns estão perto mesmo na distância. Aqueles que nos entendem só com um olhar. Aqueles com os quais não precisamos estar o tempo todo na defensiva. Eles conhecem os nossos segredos, defeitos, manias e mesmo assim nos amam. Eles entendem nossa ausência e podemos passar dias, meses sem nos falar, é sempre como se tivéssemos nos visto ontem. Eles não desviam o olhar quando falamos. Amigos são os irmãos que a vida escolhe pra gente. E apesar de estar num momento não muito legal, em um lugar onde não queria estar e convivendo com pessoas não muito agradáveis eu só tenho a agradecer. Pois mesmo sem ter todos os que eu queria por perto, só o saber que eles existem já faz um bem enorme. Um bem que a gente só sente quando é de verdade.