segunda-feira, 24 de outubro de 2011

She's not heartless...

Ela não deixou de sentir.
Apenas aprendeu a controlar suas tempestades.
Ela não é dona do tempo, nem de ninguém.
Outros ventos, outras consequências.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011


      imagem: weheartit

Quando estão distantes, até o silêncio do outro é mal interpretado.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Mulher gosta é de clichê.

imagem: weheartit


Sobre o cara da montanha-russa e blá blá blá.

"- Acostumei-me a subir uma montanha por dia.
- E daí?
-Você acha que eu vou desistir logo agora?
- Não sei...
-Acha que eu vou olhar lá pra cima, para o topo e dizer: não dá. Não dá né?
- Não te conheço o suficiente pra saber, mas...
- Realmente, você ainda não me conhece. Não sou de desistir tão fácil. "


Esse papo todo  de montanha é ridículo. Mas ela gostou.
Todos querem a mesma coisa, mas ela gosta dos que se esforçam pra mostrar que são "diferentes". Pra mostrar à mulher em questão que ela é especial, que ela está "lá".
No fundo todas as mulheres gostam disso. Todas. Sem exceção.
A questão é: aceitar ou não o desafio.
Descer com ele ou ficar lá esperando, quem sabe a vida toda no alto de uma montanha por alguém que não vai chegar?

Esperar pelo impossível é desistir sem se dar a chance de tentar.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Ela me leu...

"Não sei bem o que dizer sobre mim. Não me sinto uma mulher como as outras. Por exemplo, odeio falar sobre crianças, empregadas e liquidações. Tenho vontade de cometer haraquiri quando me convidam para um chá de fraldas e me sinto esquisita à beça usando um lencinho amarrado no pescoço. Mas segui todos os mandamentos de uma boa menina: brinquei de boneca, tive medo do escuro e fiquei nervosa com o primeiro beijo.
Quem me vê caminhando na rua, de salto alto e delineador, jura que sou tão feminina quanto as outras: ninguém desconfia do meu anti socialismo interno. Adoro massas cinzentas, detesto cor-de-rosa. Penso como um homem, mas sinto como mulher. Não me considero vítima de nada. Sou autoritária, teimosa, impulsiva e um verdadeiro desastre na cozinha. Peça para eu arrumar uma cama e estrague meu dia. Vida doméstica é para os gatos.
Tenho um cérebro masculino, como lhe disse, mas isso não interfere na minha sexualidade, que é bem ortodoxa. Já o coração sempre foi gelatinoso. Faz eu dizer tudo ao contrário do que penso: nessas horas não sei onde vão parar minhas ideias viris. Afino a voz, uso cinta-liga, faço strip-tease. Basta me segurar pela nuca e eu derreto, viro pão com manteiga, sirva-se.
Sou tantas que mal consigo me distinguir. Sou estrategista, batalhadora, porém traída pela comoção. Num piscar de olhos fico terna, delicada. Acho que sou promíscua. São muitas mulheres numa só, e alguns homens também."


* Seria uma auto-biografia, se não fosse Martha Medeiros. Maravilhosa!
                                        
                                         O ciúme é a correnteza do amor.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011