sexta-feira, 23 de abril de 2010

When the sun goes down...

Ele maré eu maresia.
Vou levar a minha casa para a sua. Vou levar a minha calma, a minha ponderação. Vou fazer do seu lugar o meu barco desgovernado. Porque você inteiro é isso. Um barco à deriva. Você não tem chão, não tem chegada nem partida. E quando eu vou embora, fico sem saber se quando voltar, você ainda vai estar lá. E esse seu sorriso que não cresceu junto com o corpo. Ficou, talvez, nos sete, oito anos, com a cara lambuzada de doce. E que continua sendo a coisa mais linda que você tem. É duro acordar e sentir o frio lá fora, depois de tantas horas perto do seu brilho. O cheirinho de vento, areia e protetor solar que fica na cabeça por dias. Até que eu não aguento mais as quase certezas da vida e volto para os seus braços. As nossas conversas sem planos. As nossas noites tão curtas. E esses olhos são a única tranquilidade nessa sua urgência. Com você aprendi a não esperar. A arrumar malas em cinco minutos. A acordar cedo sem odiar ou desprezar, só para ter a praia inteira para nós. E mesmo assim, ainda não acredito que ser feliz possa ser tão simples.

3 comentários:

  1. Lindo texto prima...Depois vou te interrogar sobre esse personagem...rs
    beijo

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  2. Ricotinha minha flor, meu bebê...a simplicidade é fruto de muito trabalho - é mais ou menos isso que disse nossa amiga Lispector, Lispectorante da alma.

    Acho que to meio gay hoje...

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  3. "Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho."
    (Lispectorante da alma)

    Ricotinha let it be...

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